segunda-feira, 26 de outubro de 2009

So close and yet so far...

Será de mim...
Será deste ambiente?!
em que estou farta de estar assim
Tão longe e dependente
de ti...

Quero-te, mas não te posso ter,
Apenas amiga é aquilo
que tenho de tentar ser...
É lixado mas é o meu dever
Espero por ti,
espero que olhes de novo para mim...

Dá-me essa tua magia,
para de novo sonhar,
e sentir a melhor sinfonia
nessas festas a tocar...

O que nos distingue

A diferença entre tu e eu, é que sou de tal maneira transparente e expressiva que passo por uma mulher tótó que se inferioriza diante de ti, porque apenas te ama e porque não o disfarça. Já tu, ora trocas olhares e sorrisos, ora já nem existo para ti... Tento falar contigo e puxar por ti, para pelo menos sermos bons amigos, mas nada é suficiente... Sou invisível para ti, não sou suficientemente boa para ti... Eu quero acreditar, que és uma boa pessoa e um rapaz especial...mas nada me mostras...Sei que devia esquecer-te para não mais sofrer, mas não o quero, eu sinto que és o tal, que és demasiado especial para ser perdido...tenho a certeza disso, não o duvido, mas fico em baixo ao ver que não passo de um grão de pó na tua vida...apetece-me chorar e gritar...desfalecer-me e dispersar-me pelo mundo...mas sou mais forte, é o que penso, sou forte, aguento a dor...mas tenho sentimentos e por vezes fraquejo e vou-me a baixo... Diz-me o porquê desse teu estranho comportamento...só me ligas ou só existo para ti, os três primeiros dias da semana, os outros dias nada sou para ti. Gostava de poder ser a pessoa que ambicionas encontrar... mas não chego aos calcanhares de nada nem ninguém...magoas-me por dares atenção aos outros e às outras em vez de mim, fico triste com o mal dos outros, mas ainda fico mais triste quando és tu a pessoa que me espezinha constantement, com gestos e atitudes. Mas sou forte, mesmo na lama, consigo me erguer e levantar o focinho e sorrir... Quero ser salva desta escuridão, mas infelizmente só tu tens esse poder, poder esse que não usas em mim... Sinto a tua falta todos os dias, sinto a tua ausência a toda a hora... Digo-te isso e muito mais sempre que não me controlo...e tu só igualas as minhas afirmações. Só respondes, não afirmas e nem tomas iniciativas a falar comigo... E mesmo assim tenho que sorrire ver-te todos os dias e a insistir a dizer-me a mim própria que está tudo bem e que tenho de seguir em frente e não me deixar ir abaixo. Que ironia a minha vida...que dilema aquele que vivo diariamente comigo mesma... Liberta-me de mim... Liberta-me do meu ser... Guia.me nesta minha escuridão

domingo, 25 de outubro de 2009

Para dois amigos

Olho agora o céu, com algumas nuvens cinzentas... Já ando deprimida e o tempo está comigo...cinzento... Com algum sol por vezes, como eu...tento não pensar naquilo que me afecta e magoa e tento estar animada...Tento animar as pessoas à minha volta de quem gosto, mas por vezes essas pessoas ao estarem animadas, magoam-me a mim...por gestos, palavras e atitudes inconscientes...Sim atinge-me... Poucas são as coisas que agora me atingem... Mas quando me afectam dessa maneira e intensidade, são dores de uma força assaladora e massiva... Dores que me deprimem e me orpimem... Se quero ser invisível, quero ser no todo, não vísivel de corpo, nem como pessoa...mas apenas sou tratada como invisível, do género como um objecto velho exposto num canto, que outrara fora usado e que já tinha dado o que tinha a dar...e agora nada sou, a não ser algo dispensável, ordinário (comum), nada de especial, insignificante... Sinto-me a cair para o fundo de um buraco negro, a pique...posso cair e fraquejar, mas tento sempre erguer-me e sair desse buraco, por muito ferida que esteja. Sim, são coisas importantes para mim, próximas de mim e especiais para mim...daí magoar-me...Não quero sentir isto, não gosto de o sentir...Mas não tenho culpa, tento evitar sentir tais sentimentos, mas é inevitável...estou fraca, ainda na segunda fase de sarar...ou seja ainda me falta muito para estar recuperada...
As lágrimas contidas nos meus olhos, tímidas e intensas, de tanto se controlarem e esconderem-se, romperam ontem das minhas pálpebras... E lá foi uma e outra,todas acompanhadas, todas elas milhares...O papel não as absorvia, o vento de calor não as secava, a água não as levava...ali continuavam elas a deslizar pelo meu rosto, morrendo algumas na minha boca e outras nas minhas mãos... Nua e em perfeito estado lastimável, pensava e insistia a pensar: Não me és nada! Eu sou forte! Não te quero! Não te amo! Não me és especial!
Bem queria eu acreditar naquilo em que dizia a mim mesma...Mas sabia perfeitamente que estava a mentir a mim mesma...
Esta é a ironia da minha vida, aquilo que não quero e que me faz sofrer é aquilo que mais "como" e tenho... Aquilo que quero, que me preenche e me faz feliz é aquilo que não tenho por muito que deseje e me esforce para ter e "comer".
Tento ser rígida comigo, fria com o meu coração...para sofrer menos...sim custa...também custa ser assim para ti minha luz, entristece-me ser fria e ignorar-te a ti e àquela estrela, magoa ser assim, mas estou a sarar-me, não consigo estar bem junto de vós, ver-vos tão próximos... É algo que me corroe e me destrói. Tentei suportar a dor, mas não estou pronta para a suportar, é mais forte que eu...
Hoje me retirei da minha posição, não é porque quero, mas porque preciso...talvez um dia o percebas, talvez até nunca o percebas... Gostava que percebesses, mas para isso terias que passar pelo mesmo e isso não o desejo a ninguém, nem mesmo aos meus inimigos...
Espero que me perdoes minha luz, porque te acho especial, uma boa pessoa...um equilíbrio e alegria é aquilo que me dás...Agradeço-te por tudo, mas para te dar algo meu, tenho de estar mais forte, tenho de estar pronta para ganhar esta batalha...
Adoro-te luz e amo-te estrela... Mas quero ficar amenésica naquilo que sinto estrelam quero me afastar de ti luz...cegas-me...e estrelas, tu matas-me... Aqui me despeço, voltarei melhor assim o espero e assim quero acreditar...

Pensamentos

Pensamentos,
Pensamentos que nos ligam...
Que nos separam...
Que nos falam...
Que nos desligam...
sao fundamentos,
São fragmentos...
partidos, quebrados...

Nada, nem ninguém
vai parar com o meu falar...
Pois eu sei bem o que dar
a quem dar e como dar...

Todos têm o que merecem
melhor ou pior,
sabem muito bem o que fazem...
Por isso um dia irão pagar
pelas suas atitutes,
porque quando erram não admitem
que estão errados...
fingem e dizem que são culpados...

E quando descobrimos,
a verdadeira realidade...
E rasgam-nos o coração sem sanidade...
Ficamos petrificados
com os corações e seres congelados...
Mas nada podemos fazer...
Pois todos nós temos de aprender
com todos os erros
que eventualmente acabamos por cometer...

E no fim acabamos por perceber...
Que não há nada na vida que valha a pena f****!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Noite no parque

Vagueio neste parque sombrio, enfrentando o obscuro...Desprotegida e vulnerável a viv'almas penadas...Caminhando agora pelas telhas de madeira sobre o rio Mondego...
Deito-me um banco e olho para o céu...A noite limpa e brilhante fascinou-me e as típicas luzes desta cidade mesmo de longe me parecem incandescendentes...Penso e reflito...por muito que queira chorar, não posso... Sou mais forte, acredito... Naquele preciso momento vislumbro a beleza de pequenas luzes a brilhar naquela escuridão, penso para mim como tudo aquilo é lindo, e que até é um bom momento, mesmo estando sozinha, mas desfrutaria muito melhor se tu estivesses lá ao meu lado...De repente arrepio-me, está mais frio... Não aguento! Levanto-me e saio de lá e caminho sobre as pedras... Aparece-me do nada uma rã, junto a meus pés a saltar, durante um ou dois minutos...esta fita-me...parada,diante de mim como se estivesse a dizer: Cativa-me!!! (como no livro o principezinho)
Foi-se embora como eu também acabei por ir... Caminhando veloz e serena, cantando e entoando a minha própria música fui andando por aquela rua, até acabar por chegar a casa, sozinha...apenas com o meu coração e a minha mente. Pena já não estares aí, pois sinto mais que nunca a tua falta...mas a vida continua, se tu não me queres, que remedio tenho eu se nao seguir o meu caminho?!

Lost and in love

Num rumo ao qual desconheço o caminho
vagueio, deambulando perdida
a procura de ti, talvez aqui, talvez no minho
para não ser por ti esquecida

Querendo-te tocar constantemente
de hora a hora e de segundo a segundo
que nem uma alma delinquente
num imenso submundo...

Porquê este desejo, esta paixão,
quando me dizem que me queres esquecer
tendo um monte de raparigas na palma da tua mão
sei que não és assim, mas algo em ti me faz entristecer

Porquê eu?! Porque não te consigo esquecer?!
Porque é que ainda choro por ti?!...
Porque é que não me vês como eu sou?!

Entristece-me saber que nada fui para ti
nada de nada...
Completamente indiferente, insignificante...
Digo eu...mas foi o que me deste a entender...

Amor este que tanto me magoa
e que minha alma aguçoa
como se fossem lâminas a perfurar
a minha pele fazendo-me recordar
daquilo que mais quero detestar...

Seria mais fácil esqucer-te
se te odiasse, mas não consigo...
Seria mais fácil ignorar-te por completo
mas apenas fico sem reacção quando estou perto de ti...

Não me vou mais por a teus pés,
feito um cachorro abandonado...
Eu sou mais que isso e por muito
que me doa...Eu sou forte...
Este é o meu novo eu e orgulho-me
do que sou...Serei sempre tua amiga,
apenas te digo isso

domingo, 4 de outubro de 2009

Sente este ritmo

Tambores e timbolins, rompiam o silêncio,
bombos, baquetas e pratos...Toda aquela percussão num frenesim louco...
Baixos e guitarras eléctricas ecoavam naquele espaço...
Vozes poderosas harmonizando toda aquela música
Dançarinos, fãs, ouvintes, Djs, tudo...
Numa festa que só a eles mesmo lhes diz respeito...
Dança, canta, contagia tudo à tua volta...
Bebe e fuma até cair...
Deixa este espírito entrar dentro de ti...
Se és baixo, alto, gordo, esguio, feio, belo...
Não quero saber...
Entra nesta minha onda...Estejas triste ou não junta-te,
aqui te apoiaremos...
Sim estica-te todo(a) para o céu estrelado
e sente o ritmo e deixa-te voar

Deixa-me fazer-te feliz

Que mal este que me fazes,
rompendo-me ferozmente a visão...
explodindo todo este meu sentimento do meu coração
cá para fora como se de uma bomba se tratasse...

Vendo-te ontem, hoje e amanhã,
quase todos os dias
É estranho, saboroso e doloroso...
Que tortura esta...
Não me lembro já do sabor da tua boca, nem do quão bom era esse teu amor...

Desejo-te! Quero-te! Volta para mim!
Já me sinto honrada por ser tua amiga...
Mas sou egoísta e perdoa-me por isso...
Quero algo, quero-te a ti...
Quero ser feliz...

Cabeça à roda, perdida algures neste mundo,
cheia de energia, alegria e amor...
Assim eu estou...
Aprochega-te de mim e diz-me mais uma vez...
que me amas mais que ontem e menos que amanha...

Quero seguir em frente mas não consigo
Sei viver muito bem sem ti...
Mas de uma maneira ou de outra
sinto a tua falta e ausência

Sê as asas do meu desejo,
devolve-me a alma de mendigo...
Pinta uma vez mais o meu olhar com as cores do arco-íris!
Dentro de ti, tens o sonho vagabundo,
que me cura deste sentimento moribundo

Aventura-te comigo...
Juntos mostraremos o verdadeiro amor...
Viveremos mil e uma experiências intensas....
Deixa-me fazer-te FELIZ...
HOJE, AGORA, SEMPRE!!!!!

O meu segundo pai

Perfeito homem adulto,
que me acolhera em seu colo,
quando ainda era eu uma criança...
Nascera eu num dia igual a tantos outros,
e quando todos menos esperavam,
aparecera uma menina bebé,
por entre as pernas da minha mãe....
Todos espantados, surpreendidos,
pois suposto era eu ser um rapaz.
Meu avô, de cara séria e sisuda,
desiludido por não ter tido um neto,
dissera à minha mãe que jamais iria gostar de mim...
Pobre criança para além de ser feia como tudo,
careca, encarnada como um tomate e gorda como um texugo,
era excluída da sua própria família...
Mas depressa meu avô se enganara a meu respeito...
ele veio a gostar de mim como sua segunda filha...
Ensinou-me tudo o que me podia ensinar
Contou-me mil e uma histórias...
Mostrou-me o seu ardo trabalho
e o quanto significava isso para si...
Foste meu pai, irmão, avô e melhor amigo...por alguns anos...
Mas se anjos existem mesmo então levaram-te para junto deles...
Deixando-me sozinha num total mundo ainda a mim desconhecido...
E naquele mórbido dia...
Que me levaram à igreja...
Tudo chorava...a minha família chorava...
Ninguém me dizia o que se estava a passar...
Quando ninguém olhava,
escapei por entre uma multidão de gente lacrimosa,
cheguei-me à frente...
Qual não foi o meu espanto de ver,
o homem que tanto admirava,
dentro de uma enorme caixa...
Tentara eu acordá-lo daquele penumbroso sono
Pálido e frio era frio o rosto daquele que eu contemplava...
Berrei o máximo que os meus pulmões
e cordas vocais mo permitiram
A partir daquele pequeno momento tudo
o que era...morrera ali...
Enclausurei-me no meu quarto,
gozada pelo mundo...criticada por todos...
Trauma esse que me perseguiu muito tempo...
Cresci com ele e agradeço muito à alma do meu avô, que foi um grande homem