sexta-feira, 22 de novembro de 2013



Caneta,
Caneta minha que me desabrochas o papel imaculado,
Que me esmiúças todos os meus pensamentos deambulantes
Que escorres os meus devaneios para versos.

É como se estivesse todo o meu cérebro ligado a ti,
Fluis com naturalidade,
Mas apenas quando os pensamentos são claros...
Claros como água limpa.
Claros contudo nem sempre racionais...

Que loucura esta que me leva a explodir,
De forma quase esquizofrénica quando estou à beira do ataque...
Não tenho bateria,
E nem sempre pachorra para fazer exercício.

É algo que por vezes deixo tomar conta da alma,
Ainda que raras sejam as vezes que assim o faça.
Danço descordenadamente!
Canto até ficar sem pulmões!
Como até obter ou nojo de mim ou uma consulação divina

É esta a minha desintoxicação.
Não é saudável para o coração,
Mas é a que arranjo
E a caneta é a minha cúmplice...
Aquela que sabe, aquela que desenha em palavras,
Aquilo que temo de dizer em voz alta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário