terça-feira, 16 de julho de 2013

Auto-Destruição

Cada passo dado
Cada partícula do passado
Cada coração quebrado
Que por fim acabara por ser recuperado e recolado

O portal por fim selou-se
E se antes já era difícil entrar
Agora será então impossível
Uma vez selado não há mais volta a dar

E o tempo vai passando
As feridas sarando
Mas a pele que cobre o corpo
Em nada é igual

Tanta vez que caí
Tanta batidela de cabeça no chão
De um poço fundo e frio
Subindo vezes sem conta
Para de novo cair

Mudando de estratégia
Em cada jornada
Mas as ânsias eram as mesmas
As pessoas são sempre a mesma coisa

Sou como um animal, apenas penso demais
Ajo quase por instinto
Em mim me deixaste um vazio
Foi como comer um gelado sendo eu uma criança
De olhos brilhantes e gulosos
Assim que saboreei a primeira lambidela entorpecida da alma fiquei
Quando dou por ela, nada era senão Fel

Amargo é o sabor que me deixaste na boca
Metafóricamente nua largada ao ar relento
Mudam-se as moscas, mas a merda é a mesma, já dizia a minha avó
Neste caso, mudam-se os homens, mudam as situações e as suas personalidades
Mas no fim de contas, na hora H são covardes, são de tal maneira
Que acreditamos mesmo nas suas palavras
Mas agora sinto-me descartável, sem importância

Sou criança tenho apenas 22 anos, que nada significam
Mas de que me vale ser altruísta...genuínamente preocupada com os outros
São amigos e ex-amantes, são paixonetas e tudo o mais
Quando não precisam mais de mim, descartam-me

Ninguém dá pela minha falta
E eu que apenas peço o mínimo dos mínimos
Não mereço o fel que me dão
Sou uma pequena gota de uma matéria viva em vias de extinção

Nenhum comentário:

Postar um comentário