sábado, 4 de setembro de 2010

O espelho da realidade



Que mundo este ao qual entrei,
dizem palavras cobertas de intenções escondidas.
A comida é merda servida às colheradas, obrigando-me a engolir em fundo
o ardentente veneno da verdade nua e crua.
Estou farta de perfeições, não passam de meras ilusões.
Quero humanos, gente real e transparente.
Inadaptação faz parte do que sou, real e com barreiras,
mostro-me fria e indiferente, mas não passo de uma alma fraca, um coração de manteiga...deixando a minha ridícula pessoa acreditar que ainda existem pessoas verdadeiras.
Não há nada em mim que reste, se não ódio e raiva da crueldade e fealdade deste mundo.
Perdi a noção e a certeza do que aqui faço e possivelmente daquilo que sou e do que me tornei. As Lágrimas são sangue. o sangue esse já é veneno. Firo-me a mim própria com o meu aguçado espigão, ilesa e petrificada fico, de coração na mão e de olhar envidraçado.
Rastejo para o meu mundo, lavada em dor e sofrimento e deparo-me que tal mundo já não existe, destruído pela inveja e maldade na mais perfeita sintonia.
Ouvi dizer que o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura...
Quem sou eu?! A eterna lua solitária que vos observa na vossa querida ridicularidade.
Sou o espelho que Deus criou, aquele que reflecte o fundo da vossa alma para vós, vos olhares aquilo que realmente são.

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