domingo, 7 de julho de 2013

Fruto Proibido



Rugem os tambores,
ao ritmo dos meus pensamentos...
Fujo para os meus escombros
Quero perder-me numa onda doce e ainda meio desconhecida...
Sei as suas fendas e conheço o seu paradeiro...
Contudo o receio apodera-se de mim...

E dos meus sonhos acordo flutuando,
 que nem uma pluma no mar...
Guardo em mim os momentos passados e o sussurro da sua voz
Que me fustiga o desejo...
Deixo-me levar...
Agora apenas temo em me vir a apaixonar...

Quero abrigar-me em porto seguro...
E segura nada estou...
Cada passo que dou é mais um que ando às escuras...
A cada minuto improviso, sem nada ver...
Apenas me guiando com os outros sentidos e com o instinto...
Sinto a melancolia a torturar-me

Rendo-me ao fruto proíbido...
Saboreando o seu adoçado perigo iminente
Sabendo o chão que piso...
Desfruto do seu incerto...
Adorando cada partícula do teu ser...
Agora sei que me enamoro de ti,
E negá-lo é o mesmo que trair o meu coração

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