Caminho, vagueio,
escuto, vejo,
sinto, cheiro...
Por entre sombras negras,
ruas infinitas...
Sem luz, sem presença achada...
Como cego escarlate,
percorrendo o meu corpo...
Lavando loucamente o meu rosto,
tingindo meu cabelo e alma,
duma noite chorosa e sangrenta...
Ficando agora cravado na memória tal tormenta...
Fitando as minhas traiçoeiras companheiras.
Outrora mãos, agora cúmplices...
AS servas da minha mente...
Ergo meu corpo para a superfície,
fugindo à morbidade Humana,
atingindo o clímax de Lucifer...
Viro as costas à realidade suja,
deletando quaisquer recordações e pensamentos...
Amnésicamente parto para beijar a escuridão
e embraçá-la como se fosse minha...
Ando por caminhos alheios,
como se tivesse sido sempre pertencente a tal paisagem...
Chego à gruta do meu habitat e deixo o sono me buscar...
(Orquídea Negra)
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